sábado, 28 de julho de 2007

Foto: Simples momentos
Autora: Manuela Viola

A poesia nasceu
E voou
Pro céu azul
Mar.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Foto: Rope
Autor: Alexandre P.

O tempo se foi
E eu nem percebi
A água se ir
Pelas ruas da cidade.
A chuva voltou
E eu nem reparei
Nas gotas finas
Sobre o meu chapéu.
O menino caiu
E eu nem vi
O cigarro em sua mão
Que queimou a sua pele.
A vida se esvaiu
E eu nem vivi
Os momentos que passaram
Diante de mim.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Foto: Sentidos opostos
Autor: Paulo Madeira

Posteriores em suas lidas,
A cada acaso da vida,
Mentia noite e dia
Pra buscar o seu melhor.
E quando á ela encontrou,
Não olhou, nem reparou
Nas consequências que isso trazia.
Depois se zangou,
Reclamou e disparatou
Contra a pobre andorinha.
Voa, menina, voa
Que a gaiola não sabia
Que tu ainda tinhas um coração!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Foto: No Way
Autor: Mateus Morback

Sinto.
Nada escrevo,
Logo não existo.
E se não tenho ânimo?
Não existo.
E se me falta vontade?
Não existo.
Falamos de sentimentos...
Por isso não existo.
Porém, como o mundo está mudado!
Hoje,
Nada tenho,
Não existo.
Não tenho dinheiro,
Não existo.
E se me falta posição?
Não existo.
E os sentimentos?
De nada valem.

Pronto, o mundo se acabou.

sábado, 7 de julho de 2007

Foto: ...o momento certo é agora!!!
Autora: Susana Febra Ferreira

Ah, sim, a poesia...
Que tanto bate
Que tanto late
Que tanto rouba.
A poesia,
Que tanto rói
Que tanto destrói
Que tanto chora.
A razão de viver
Que busca
E rebusca
Nas palavras
O seu coração.
Ah, a poesia...

sexta-feira, 6 de julho de 2007


Foto: Nó
Autora: Ana Luísa Gomes Rodrigues


Dia de decepções
Figuradas por escrever
Em um mundo de caras,
De máscaras e pó.
Dia de traumas
Encravados por perceber
Em um coração de amarras,
De artérias e nó.
Dia de marcas
Reparadas por receber
Em um corpo de casas,
De massas e só.
Dia de mentiras
Separadas por entender
Em um poço de lamas,
De gramas e dó.
Dia meu
Restaurado por dizer
Em um jogo de cartas,
De truques e só.

quinta-feira, 5 de julho de 2007


Te espero
Mais uma vez
Por não aprender
Que minha sina
É ficar sem ti.
Sinto vontade de escrever
Para dizer
E expressar
Toda essa raiva e dor
Por você não estar aqui,
Por não me quereres mais.
E tenho vontade de fugir
E de demonstrar
Que você não é tudo pra mim,
Que eu sei estar só,
Que sou completa
Por mim mesma,
Tenho dó.
Tenho dó de ti
Por pensar que não vivo sem
O seu amor
E o seu perdão.
E tenho pena de mim
Por realmente
Não saber viver sem isso.
E busco,
E meço,
E recomeço
Esse começo sem fim.

terça-feira, 3 de julho de 2007


Entre espelhos
Vejo minha imagem refletida em vários ângulos
Me sinto presa
Em um mundo de disfarces e gôndolos
Que determinam
Que roupa eu devo usar
E que pessoa eu devo parecer.

Entre pessoas
Vejo um mundo diferente do meu
Me sinto negra
Em um mundo de mentiras e falsa perfeição
Que apontam
Quem eu posso ser
E com quem eu posso estar.

Entre quatro paredes
Vejo aquilo que realmente sou
Me sinto bem
Em um mundo particularmente meu
Que permite
O meu ser diferente e irracional
Estar liberto das cadeias que o mundo impõe.