sábado, 31 de março de 2007


Soneto


E se juras amor atento
Envolve-me com seu vil encanto
E invades o meu pensamento
Fazendo brotar o meu pranto.

Dizes que o fazer não podes
E tentas convencer-me em vão,
Pois sei que o que mais queres
É iludir meu pobre coração.

E nas mãos de quem te ama
Vives uma constante paixão,
Acendes a pequena chama

Que tira os meus pés do chão.
E anseio que me roubes o ar,
Aí somente a ti irei respirar.

quarta-feira, 28 de março de 2007


Soneto da Felicidade Inexistente

E em um momento
Fujo da retórica de minha vida
Tentando trazer ao pensamento
Aquela lembrança esquecida.

Tenho saudades
Daquilo que jamais vivi,
E recorro ás passadas idades
Na ânsia de me ver sorrir.

Jamais terei esse momento eterno
Que busco com a imortalidade do coração,
Não voltarei ao ventre materno

Para renascer em outro chão.
Vôem livre, minhas recordações,
Se esqueçam das vidas de solidões.