sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Foto: O Pianista
Autor: Tiago Xavier


Teus versos

à Pierre Nazé


Sentada em um sofá branco,
Porém impuro,
Li os teus versos.
Alguns me fizeram chorar,
Outros, pensar,
Muitos, gargalhar.
Havia algo que te denunciava,
Que te gritava,
Que mostrava que estavas ali.
Era o teu jeito de escrever,
Inconfundível,
O jeito que sempre quis ter,
Mas que me conformei
Em perder.
E sendo eu,
Minha admiração por ti só cresceu
E ainda cresce.
Por isso (e por outras)
És meu ídolo.
Meu herói.
Meu irmão.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Foto: Magic Numbers
Autor: Ana Franco





-Você acha que eu vou brigar com você?
-...
-Vocês queriam me tapear, não é?
-Não, não é isso, é que...
-Deixa quieto.



O teu sorriso me incomodava.Esfaqueava o meu coração, oprimia todo aquele amor.O teu sorriso era daqueles que existe apenas pra ocupar o lugar das lágrimas que estão a brotar.



Não deu pra falar, mas talvez você já saiba, eu não sei mentir pra você.Não sei esconder nada de você.O teu olhar desnuda a minha alma.



Way Back Into Love...



Pra você...






Eu queria ter tido aquela conversa
Aquela conversa que não tive coragem de iniciar,
Que não terminaria se iniciasse
E que me salvaria se terminasse.
Eu queria ter tido aquela conversa
Que livraria meu coração do afogamento,
Que sufocaria as lágrimas do olhar,
Que me traria de volta à você.
Eu queria ter tido aquela conversa
Na qual você me perdoaria
Dos erros acertados que cometi,
Dos acertos incompletos que suspendi.
Eu queria ter tido aquela conversa
Que me faria sua,
Que te faria meu,
Que nos uniria pra sempre.
Eu queria ter tido aquela conversa...
Aquela conversa que nunca aconteceu.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Foto: Mundos imaginários
Autor: Luis Garção Nunes


Entrei no banco e sentei na cadeira da fila.Ao lado, tinha uma garotinha.Morena, cabelos cacheados, muito bonita.



-Vó, pra quê são aqueles buracos ali na parede?
-Não sei.
-São pra colocar luzes. - eu disse.
-Mas pra quê luzes?Já tem muitas aqui!
- ... (O homem nunca se contenta com o que tem)



Fiquei pensando como aquela garotinha sabia mais do mundo do que eu.Devia ter 4 anos, 5 no máximo.Seu nome era Vanessa, foi assim que ouvi a vó dela chamá-la.
Um homem sentou do meu lado.



-Ele é seu primo?
-Não.
-Seu namorado?
-Não.


Ela olhou para o envelope nas minhas mãos.



-Ah, você trabalha!
-Sim. - sorri.
-Onde você mora?



Pensei.



-Lá pra baixo - respondi.
-Como é o nome do seu filho?
-Hã?
-Como é o nome do seu filho?
-Eu não tenho filho.
-Você nasceu pra mãe e está sem filho?!
-...
-Ela é moça ainda, Vanessa.Ela nem casou ainda!Pergunta pra ela se ela é casada.
-Você é casada?
-Não.
-Ah, quando minha mãe era moça ela tambem não casava.



Parei.Fiquei pensando no que aquela garota disse.Eu era uma mãe sem filhos.Quem sabe.



-Você não parece humana...
-Como?
-Parece um daqueles serzinhos pequenos do Sítio do Picapau Amarelo...
-Uma fada! - disse a irmãzinha dela.



Sorri.Talvez eu fosse uma fada.
O terceiro caixa abriu.Eles chamaram os que tinham mais de 3 documentos.Me separei da pequenina.
Na saída, perguntei sua idade. 4 anos. Me despedi.



-Tchau, pequena.
-Tchau, fada.



Aquela garotinha marcou a minha vida.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Foto: Vou...ou fico?
Autor: José Reis


Quem não tem, não perde.
Quem não quer, não ganha.
Lei da vida?
Mais ou menos...
Implicância do meu ser.
Não sei bem o que sou,
Mas sei o que desejo.
Não amo,
Ou será que sim?
Não importa,
O que importa é
Ter você pra mim.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Foto:'sem título'
Autor: Miguel Rezende

Vida,
O que fazes de mim?
Com teus conceitos trágicos
Mudaste a forma do meu ser,
Tens me transformado,
Que mutação é essa?

Metamorfose secundária,
O amor produziu em mim.

Adeus, amor.
Você se foi,
Depois voltou,
E agora?
Adeus, meu ex-amor.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Foto: Cores
Autor: Zélia Paulo Silva

Cores

à aquele que encheu de cores a minha vida


As cores mexem com meu interior.
A cada cor, uma nova lembrança,
Um novo gesto,
Um sorriso ou uma lágrima.

As cores remetem a mim a intensidade de um sentir,
A nobreza de um olhar,
A delicadeza de um sorriso,
E a lembrança de um porvir passado a esperar.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Foto: Sitnear
Autor: Gonçalves

- Tenho medo.
- Medo de quê?
- De estar crescido.
- Oh, então não se preocupe.Ainda não aconteceu.
- Como você sabe?
- Adultos não possuem esses medos importantes, somente medos banais.Só se preocupam com o tempo, dinheiro e trabalho.
- Quer dizer que ainda sou madura?
- Sim, você ainda não regressou ao estado em que estamos (quase) destinados a chegar.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007


Autor(foto): Délcio Capistrano





Poesia:
Sol que nasce noite e dia
Enchendo de alegria
As nossas horas infernais.
Maresia.

sábado, 15 de setembro de 2007

Foto: Não me fales de...
Autor: Rui J. Santos

Tantas coisas decorreram
No correr de um dia,
Numa volta de um relógio,
No toque daquela melodia.

Tantas coisas inesquecíveis,
Imbrotáveis, irreconhecíveis,
Que nem sei ao certo
Se é verdade o que eu te disse.

Será verdade que o amo,
Que o quero sempre mais?
Será verdade que te estranho,
Estranho-te por amar demais?

Juro-te, amor, que não sei o que me passa!
Uma fraqueza, uma ressaca,
Não te posso explicar!
Se ao menos eu soubesse...

E soube!
Sim, um dia soube,
Mas não o sei mais...
Perdoe-me, meu bem,
Não o posso recordar!

Se ao menos eu soubesse...

sábado, 1 de setembro de 2007

Foto: O coração
Autor: Nuno Ricardo Chaves

Tão complicado é o amor.
Tão austero e irresoluto,
Sempre pronto e inseguro
Não acredita em si mesmo,
Não, amor.

Nem que as ondas passem
E lhe convença do seu fervor,
Nunca o amor sucumbirá ao terror
De se orgulhar em si mesmo,
Amor.

Não se contradiga
Não mate, não obriga
O orgulho a reagir
À tão modesta vida,
Não, amor.

Porque se contrário é,
E se ajudado foi,
Não se pode esquecer
Que tão amante é o amor.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Foto: In Your Hands....
Autor: Alberto Viana d'Almeida

Pela primeira vez, tomo cuidado para não escrever alguma coisa que me prejudique. É... pela primeira vez, agora eu vejo que tenho que tomar cuidado, porque descobri que existem pessoas como eu mesmo que escrevem do jeito que escrevo, que pensam do jeito que penso e esperam reações de mim da mesma forma que espero delas. Por isso, tomo cuidado.
Não estou na casa da mãe Joana e este lugar aqui não é o mundo em que eu vivo.
O meu “mundo virtual” é o máximo de perfeição que espero de mim mesmo. Não vou entrar na criatividade das pessoas e fazê-las pensar da forma que eu penso, porque isto para mim é covardia – ou, quem sabe, o contrário.
Ela sempre me disse que pensa como eu penso, que age muitas vezes como eu ajo e sente muitas coisas do jeito que eu sinto. Por essas e outras que eu digo, exclamo e grito para tudo e todos que esta é minha irmã (gêmea).
Há tempos que eu percebi isto, e sim, posso até não estar, mas me sinto seguro em postar e falar a minha opinião para “qualquer um” – porque eu não sei quem lê aqui. E me sinto seguro assim porque confio na pessoa que passa isto para que os outros lerem. É do tipo que a gente dá a vida e um pouco mais se fosse preciso, porque eu sei que ela cuidaria melhor do que eu faço (é.. não é muito difícil fazer isto, eu não cuido mesmo.)

E eu simplesmente não cuido porque eu acredito em escolhas da vida. Aquela história de destino não existe pra mim. Quem tem destino traçado, já tem vida definida – e não tem o que viver, porque não tem escolhas. Não vive, não faz nada! Destino não existe, o que existe são as escolhas. São suas próprias escolhas que traçam seu caminho.
Quem vive pelo destino apenas obedece às ordens de um terceiro, que acha que aquilo é melhor – ou pior – para você.

Minha irmã é especial, e quero que todos saibam disto, porque vou provar e comprovar de que ela é especial do jeito que eu gosto, do jeito que só eu entendo e do jeito que só ela pensa.
Porque juntos, viramos um só.

do poeta ilusionista para a garota dos contos de fada.

Odestinonosuniu.

domingo, 19 de agosto de 2007

Foto: Casa de Brinquedos
Autora: Karina Bertoncini

Mesmo sem saber o porquê
De continuar a escrever
Sigo letras e palavras
Neste meu conto infantil.

E quanto mais falo,
E quanto mais vivo,
Mais perto sinto
O motivo do meu sorriso.

Não que ele seja tu,
Pois não sei se és digno disso,
Mas pode ser o fundo
Da verdade em tua frase delicada.

E quem sabe o tempo nem passe
Ao estarmos juntos nessa ciranda cirandinha,
E talvez o mundo viva
Uma nova fase de infância.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Foto: Picauto 2
Autor: Zig Koch


à Alan Apio


Lei Seca

Me concentro em uma linha
Uniforme e retilínea
Dos meus pensamentos ideais.
E quem sabe um dia passe
Esse choro repentino
De liberdade e compaixão,
Vivendo intensamente
As mudas proibições
De um modelo falso de vida.
Portanto as minhas tentativas
De escapar dessa lida
De sentimentos triviais
Foram ocultadas pela sina
De um homem mágico, trinta
Possessor de uma paixão infernal.
E o ladrãozinho do meu ser,
O batedor da carteira de Deus,
Perdeu-se na vinícola
De um amor roxo, por seu.
Matou-se uma bela videirinha,
Filha de uma colina
Benção de várias estatais.
A Lei Seca logo se foi,
E a pobre pipa mal se lembrou

Que seu vinho sangrento era cheio de dor.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Foto: Lágrimas Indizíveis
Autor: Álvaro M. M. Pereira



Véspera

Sombriamente
Procuro os lugares mais reclusos
Para passar o meu tempo.
E nos cantos escondidos
Marco o tempo,
Remarco,
Passo.
E vejo que, apesar de tudo
A vida continua igual.
Com treze ou quatorze,
Não importa,
Serei sempre a mesma:
A eterna criança que sou.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Autor e Título Desconhecidos

Um violeiro parte.
Ele deixou a cama desarrumada,
O café esfriou a sua espera.
Ninguem sentiu sua falta,
Ninguem notou a sua ausência,
Apenas a partitura
Jogada em um canto.
A voz cessou,
As notas não voltaram a soar.
Um violeiro partiu.
A Morte cessou as esperanças
De uma nova canção.

sábado, 28 de julho de 2007

Foto: Simples momentos
Autora: Manuela Viola

A poesia nasceu
E voou
Pro céu azul
Mar.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Foto: Rope
Autor: Alexandre P.

O tempo se foi
E eu nem percebi
A água se ir
Pelas ruas da cidade.
A chuva voltou
E eu nem reparei
Nas gotas finas
Sobre o meu chapéu.
O menino caiu
E eu nem vi
O cigarro em sua mão
Que queimou a sua pele.
A vida se esvaiu
E eu nem vivi
Os momentos que passaram
Diante de mim.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Foto: Sentidos opostos
Autor: Paulo Madeira

Posteriores em suas lidas,
A cada acaso da vida,
Mentia noite e dia
Pra buscar o seu melhor.
E quando á ela encontrou,
Não olhou, nem reparou
Nas consequências que isso trazia.
Depois se zangou,
Reclamou e disparatou
Contra a pobre andorinha.
Voa, menina, voa
Que a gaiola não sabia
Que tu ainda tinhas um coração!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Foto: No Way
Autor: Mateus Morback

Sinto.
Nada escrevo,
Logo não existo.
E se não tenho ânimo?
Não existo.
E se me falta vontade?
Não existo.
Falamos de sentimentos...
Por isso não existo.
Porém, como o mundo está mudado!
Hoje,
Nada tenho,
Não existo.
Não tenho dinheiro,
Não existo.
E se me falta posição?
Não existo.
E os sentimentos?
De nada valem.

Pronto, o mundo se acabou.

sábado, 7 de julho de 2007

Foto: ...o momento certo é agora!!!
Autora: Susana Febra Ferreira

Ah, sim, a poesia...
Que tanto bate
Que tanto late
Que tanto rouba.
A poesia,
Que tanto rói
Que tanto destrói
Que tanto chora.
A razão de viver
Que busca
E rebusca
Nas palavras
O seu coração.
Ah, a poesia...

sexta-feira, 6 de julho de 2007


Foto: Nó
Autora: Ana Luísa Gomes Rodrigues


Dia de decepções
Figuradas por escrever
Em um mundo de caras,
De máscaras e pó.
Dia de traumas
Encravados por perceber
Em um coração de amarras,
De artérias e nó.
Dia de marcas
Reparadas por receber
Em um corpo de casas,
De massas e só.
Dia de mentiras
Separadas por entender
Em um poço de lamas,
De gramas e dó.
Dia meu
Restaurado por dizer
Em um jogo de cartas,
De truques e só.

quinta-feira, 5 de julho de 2007


Te espero
Mais uma vez
Por não aprender
Que minha sina
É ficar sem ti.
Sinto vontade de escrever
Para dizer
E expressar
Toda essa raiva e dor
Por você não estar aqui,
Por não me quereres mais.
E tenho vontade de fugir
E de demonstrar
Que você não é tudo pra mim,
Que eu sei estar só,
Que sou completa
Por mim mesma,
Tenho dó.
Tenho dó de ti
Por pensar que não vivo sem
O seu amor
E o seu perdão.
E tenho pena de mim
Por realmente
Não saber viver sem isso.
E busco,
E meço,
E recomeço
Esse começo sem fim.

terça-feira, 3 de julho de 2007


Entre espelhos
Vejo minha imagem refletida em vários ângulos
Me sinto presa
Em um mundo de disfarces e gôndolos
Que determinam
Que roupa eu devo usar
E que pessoa eu devo parecer.

Entre pessoas
Vejo um mundo diferente do meu
Me sinto negra
Em um mundo de mentiras e falsa perfeição
Que apontam
Quem eu posso ser
E com quem eu posso estar.

Entre quatro paredes
Vejo aquilo que realmente sou
Me sinto bem
Em um mundo particularmente meu
Que permite
O meu ser diferente e irracional
Estar liberto das cadeias que o mundo impõe.

sábado, 16 de junho de 2007


Personagem abismado
Personagem animado
Escrevendo a história
Do meu sonho encantado.
Entre abismo e profundezas
Entre céu e paraíso
Busco o afrodizíaco
Ritmo angelical.
Concorentes alados
Cavalos remados
Vida diversa
Em gibis quadrados.
Histórias malucas
Em TV 29 polegadas
Razão misturada
No conto de fadas
Na historinha de faz-de-conta
Que vivo eternamente contigo.

sexta-feira, 25 de maio de 2007


Sim...
Foi seu sétimo aniversario
De morte.
Tanto tempo faz
Que estou sem você.
Naquele dia que chorei por ti
Não chorei em vão
Por uma pessoa qualquer.
Chorei por quem mais amava
E amei,
Por quem foi mais que um pai
Um mestre
Um irmão
Chorei por quem se foi
Sem dizer adeus pra mim.
Faz 7 anos e ainda choro ao escutar seu nome
Cuidas de mim daí de cima?
Velas meu sono toda noite?
Enxugas minhas lágrimas
E me ajudas a subir os degraus quando me canso?
Me pegas no colo assim como
Quando eu era criança
E você o meu padrinho?
Porque partiste?
Volta...
Volta...
Meu apoio
Ruiu
Na morte.
Quero-te aqui!!

E mesmo em lágrimas,
Ao ir me deitar,
Sinto teu beijo em minha bochecha
Desejando-me uma boa noite
E teu afago em minha cabeça
A me fazer dormir.

Te amo e nunca te esquecerei...

(In memorian of Eloi José Petry,
Padrinho, pai, amigo, companheiro...
O meu tudo que se foi...
25/05/2007)

terça-feira, 22 de maio de 2007


Com a mente ocupada
Coração fica de lado
Esperando uma chance
Pra tomar as rédeas da vida
E tirá-la do caminho da razão
Procurando vivenciar
Em uma nova estação
O cheiro do teu corpo
E o sabor dos teus lábios.
Com uma doce ilusão
Sensatez perdeu sua vez
Deixando remendado
O laço que prendeu
A memória ao esquecimento
Que se fez eterno
E agora é passageiro.
Trapos descartáveis
Em universos distintos
E distantes
De mim.

domingo, 13 de maio de 2007


Mãe,

Tão presente mãe.

Mãe,

Tão simplesmente mãe.

Mãe,

Tão bela mãe.

Mãe,

Tão viva mãe.

Mãe,

Tão gravada mãe.

Mãe,

Tão incondicional mãe.

Mãe,

Tão sensível mãe.

Mãe,

Tão vidente mãe.

Mãe,

Tão compreensiva mãe.

Mãe,

Tão minha mãe.

Mãe...

Sempre sempre mãe...

terça-feira, 8 de maio de 2007


E se até meu choro tiras
Como quer que eu sobreviva
Nesse mundo de dor?
E daí se lágrimas não resolvem,
Acaso não posso desaguar
Meu próprio desengano?
Se as coisas vão mal
Não culpes minha indiferença,
Não me preocupo com coisas banais...
Porque o que guardo dentro de mim
É maior que as circunstâncias que seus olhos vêem:
Tenho em mim o segredo da felicidade,
O Amor.

quarta-feira, 2 de maio de 2007


O que posso e não posso ser


Cansei de o mundo dizer
Com seus falsos e inuteis paradigmas
O que devo ou não fazer
O que posso ou não ser.

Cansei de olhar o mundo
Com os olhos que eles colocam em mim
O que devo ou não ver
O que posso ou não dizer.

Cansei de viver minha vida
Com as regras que me fizeste seguir
O que devo ou não entender
O que posso ou não escrever.

Cansei de te olhar
Como um obstáculo em minha vida
O que devo ou não pegar
O que posso ou não trilhar.

Cansei de ser aquilo
Que queres que eu seja
O que devo ou não viver
Quando posso ou não morrer.

domingo, 22 de abril de 2007


Que nostalgia!
O passado resplandece diante dos meus olhos
Como o farol do teu ônibus partindo para longe de mim...
E é difícil,
E é amargo,
Ver que tanto tempo passou
Sem você ao meu lado...
Quando voltas?
Hoje?Amanhã?Nunca?
Por que te perdi assim?
Amigo, fostes embora e me deixaste aqui!
Com meus castelos de areia derrubados pelo vento
E por ti.
Adeus, ou até mais?
Não sei...
Quiçá volte, me buscarás?
Talvez...
Se voltar, lembre-se de me procurar...
Estarei aqui, com o nosso monte de areia no mesmo lugar,
Esperando você para construir um altar
À nossa infância querida que não volta mais...

sexta-feira, 13 de abril de 2007


Morte por Amor

Te vi, te olhei,
Procurei, mas não achei,
Agora eu já cansei,
Minha emoção eu já guardei.
Quem tu és?
Por que me persegues?
Me responda se quiseres,
De mim, o que queres?
Seu nome, qual é?
E aqui, o que quer?
Não entendi seu por que,
E nem quero entender.
Se é meu coração que queres,
Ele você terá,
Basta esperar,
E eu irei te dar.
Você tem carinho,
Muita emoção,
Tem fidelidade,
Pra que queres meu coração?
Já sei, tu és o amor,
Que persegue os solitários,
E ilusiona os quebrantados,
Sim, foi você que me matou!

03/05/05

sábado, 7 de abril de 2007


Sola

Veo el anochecer llegar,
El sol se va,
La noche luego deve estar aqui,
Y la luna iluminará mi oscuro camino.

En las calles de mi ciudad,
Con mis manos para trás,
Camino sola,
Mientras pienso en tí.

Que bonito fue lo nuestro,
Nuestros dias juntos,
Nuestras caricias,
Nuestras peleas.

¡Dios! Hasta nuestras peleas eran con amor,
No aguantávamos quedar separados,
Nos amávamos,
Nos queríamos.

Pero hoy, estoy sola en esse frío,
No porque quiero,
No porque tu quieres,
Pero porque algo más fuerte nos separó...
El ódio de otra persona.

Hoy, lloro por tí.

quarta-feira, 4 de abril de 2007


O ódio é claro e verdadeiro...
Mas como posso crer em um amor?
Dúvidas pairam sobre meu corpo,
Não sei mais no que acreditar...
Será o fim?

sábado, 31 de março de 2007


Soneto


E se juras amor atento
Envolve-me com seu vil encanto
E invades o meu pensamento
Fazendo brotar o meu pranto.

Dizes que o fazer não podes
E tentas convencer-me em vão,
Pois sei que o que mais queres
É iludir meu pobre coração.

E nas mãos de quem te ama
Vives uma constante paixão,
Acendes a pequena chama

Que tira os meus pés do chão.
E anseio que me roubes o ar,
Aí somente a ti irei respirar.

quarta-feira, 28 de março de 2007


Soneto da Felicidade Inexistente

E em um momento
Fujo da retórica de minha vida
Tentando trazer ao pensamento
Aquela lembrança esquecida.

Tenho saudades
Daquilo que jamais vivi,
E recorro ás passadas idades
Na ânsia de me ver sorrir.

Jamais terei esse momento eterno
Que busco com a imortalidade do coração,
Não voltarei ao ventre materno

Para renascer em outro chão.
Vôem livre, minhas recordações,
Se esqueçam das vidas de solidões.