quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Foto: In Your Hands....
Autor: Alberto Viana d'Almeida

Pela primeira vez, tomo cuidado para não escrever alguma coisa que me prejudique. É... pela primeira vez, agora eu vejo que tenho que tomar cuidado, porque descobri que existem pessoas como eu mesmo que escrevem do jeito que escrevo, que pensam do jeito que penso e esperam reações de mim da mesma forma que espero delas. Por isso, tomo cuidado.
Não estou na casa da mãe Joana e este lugar aqui não é o mundo em que eu vivo.
O meu “mundo virtual” é o máximo de perfeição que espero de mim mesmo. Não vou entrar na criatividade das pessoas e fazê-las pensar da forma que eu penso, porque isto para mim é covardia – ou, quem sabe, o contrário.
Ela sempre me disse que pensa como eu penso, que age muitas vezes como eu ajo e sente muitas coisas do jeito que eu sinto. Por essas e outras que eu digo, exclamo e grito para tudo e todos que esta é minha irmã (gêmea).
Há tempos que eu percebi isto, e sim, posso até não estar, mas me sinto seguro em postar e falar a minha opinião para “qualquer um” – porque eu não sei quem lê aqui. E me sinto seguro assim porque confio na pessoa que passa isto para que os outros lerem. É do tipo que a gente dá a vida e um pouco mais se fosse preciso, porque eu sei que ela cuidaria melhor do que eu faço (é.. não é muito difícil fazer isto, eu não cuido mesmo.)

E eu simplesmente não cuido porque eu acredito em escolhas da vida. Aquela história de destino não existe pra mim. Quem tem destino traçado, já tem vida definida – e não tem o que viver, porque não tem escolhas. Não vive, não faz nada! Destino não existe, o que existe são as escolhas. São suas próprias escolhas que traçam seu caminho.
Quem vive pelo destino apenas obedece às ordens de um terceiro, que acha que aquilo é melhor – ou pior – para você.

Minha irmã é especial, e quero que todos saibam disto, porque vou provar e comprovar de que ela é especial do jeito que eu gosto, do jeito que só eu entendo e do jeito que só ela pensa.
Porque juntos, viramos um só.

do poeta ilusionista para a garota dos contos de fada.

Odestinonosuniu.

domingo, 19 de agosto de 2007

Foto: Casa de Brinquedos
Autora: Karina Bertoncini

Mesmo sem saber o porquê
De continuar a escrever
Sigo letras e palavras
Neste meu conto infantil.

E quanto mais falo,
E quanto mais vivo,
Mais perto sinto
O motivo do meu sorriso.

Não que ele seja tu,
Pois não sei se és digno disso,
Mas pode ser o fundo
Da verdade em tua frase delicada.

E quem sabe o tempo nem passe
Ao estarmos juntos nessa ciranda cirandinha,
E talvez o mundo viva
Uma nova fase de infância.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Foto: Picauto 2
Autor: Zig Koch


à Alan Apio


Lei Seca

Me concentro em uma linha
Uniforme e retilínea
Dos meus pensamentos ideais.
E quem sabe um dia passe
Esse choro repentino
De liberdade e compaixão,
Vivendo intensamente
As mudas proibições
De um modelo falso de vida.
Portanto as minhas tentativas
De escapar dessa lida
De sentimentos triviais
Foram ocultadas pela sina
De um homem mágico, trinta
Possessor de uma paixão infernal.
E o ladrãozinho do meu ser,
O batedor da carteira de Deus,
Perdeu-se na vinícola
De um amor roxo, por seu.
Matou-se uma bela videirinha,
Filha de uma colina
Benção de várias estatais.
A Lei Seca logo se foi,
E a pobre pipa mal se lembrou

Que seu vinho sangrento era cheio de dor.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Foto: Lágrimas Indizíveis
Autor: Álvaro M. M. Pereira



Véspera

Sombriamente
Procuro os lugares mais reclusos
Para passar o meu tempo.
E nos cantos escondidos
Marco o tempo,
Remarco,
Passo.
E vejo que, apesar de tudo
A vida continua igual.
Com treze ou quatorze,
Não importa,
Serei sempre a mesma:
A eterna criança que sou.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Autor e Título Desconhecidos

Um violeiro parte.
Ele deixou a cama desarrumada,
O café esfriou a sua espera.
Ninguem sentiu sua falta,
Ninguem notou a sua ausência,
Apenas a partitura
Jogada em um canto.
A voz cessou,
As notas não voltaram a soar.
Um violeiro partiu.
A Morte cessou as esperanças
De uma nova canção.