quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eu sinto medo.

São 2 e meia da manhã e eu não consigo dormir.

É engraçada e terrível essa sensação, é como se houvesse um bicho, quase uma pulga, dentro de mim, que começa apenas fazendo coceguinhas nas paredes do meu estômago, e então esse bicho vão aumentando e se alastrando, passando para os rins, o fígado, o intestino, o útero, o esôfago até chegar na garganta e me sufocar, sufocar, sufocar, sufocar.

Eu tento controlar as lágrimas, eu não quero parecer fraca, mas não dá.

Já é um monstro isso que tenho dentro de mim.

Eu não gosto do frio, mas senti-lo abranda um pouco essa sensação. Tenho que me equilibrar nessa balança, decidindo o que é menos pior.


Eu me sinto só. E tenho medo. E esse medo faz eu me sentir mais só.

Eu não quero ficar assim.


Eu sei que em casa eu estaria bem. Que eu poderia até acordar aos gritos, mas alguém viria me abraçar no meio da noite e dizer que está tudo bem.

Mas e aqui? Quem eu tenho?


Eu sinto medo, muito medo. E não sei como acabar com isso.


Medo.

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